Jady

Jady

MEU DEUS!

Acredite, leitor sem fé, foi com a exclamação da blasfêmia que exprimi a minha estupefação diante da aparição de uma novinha de 21 anos na pista da 119. Rebolando ao som de “Poker Face”, seminua, cabelos loiros cacheados, a pele de uma brancura imaculada, com seios empinados e firmes expostos, uma falsa magra exibindo um corpo durinho e impecável. A novinha causou uma crise de apneia coletiva no salão. Custei a acreditar no que estava vendo. Era quase a imagem de uma virgem entrando no bordel. Que me perdoem as maduras, mas a juventude é fundamental para velhos como eu.

POKER FACE

Os homens começaram a se movimentar para abordá-la, para atacá-la com o frenesi de espermatozoides na corrida em direção ao útero. Antecipei-me num salto quase olímpico e a puxei pelo braço para salvá-la dos lobos em aproximação.

Jade é o seu nome. É difícil ficar perto dela sem salivar, sem ter uma crise de ansiedade diante dos seios de bicos rosados quase nos tocando. Ela percebeu que eu olhava mais para os peitinhos do que para o seu rosto e, subitamente, pegou minha mão e levou até um deles, pediu que eu o apartasse. Isso no meio do salão lotado da 119…

MEU DEUS!

Sim, afeiçoado leitor, pela segunda vez eu blasfemei. Uma blasfêmia irrefreável diante do toque naquela textura sedutora do seio de Jade.

— Posso te pedir uma coisa? — ela me pergunta com voz doce.

— Claro. O que você quiser — respondo babando na camisa.

— Você me dá uma cerveja e um Red Bull?

— Se você me der um beijo na boca, dou sim — intimei.

Então, a menina agarra a minha cabeça, cola os lábios nos meus, enfia a língua em minha boca, toca a minha úvula e vou sentindo sua juventude invadir a minha alma. Em cada enrosco das línguas, sinto-me regredindo aos 40 anos, aos 30, aos 20… Quando ela interrompeu o beijo, eu me sentia como um adolescente.

Saí correndo desvairado para comprar a cerveja e o Red Bull. Se fosse possível, eu compraria também uma aliança e um Juiz de Paz para realizar o casamento. No balcão do bar, reparei uma situação esdrúxula, havia uma tela de celular com o GPArena aberto. Retornei à ninfa incendiária.

— Você sobe comigo? — perguntei.

— Subo, sim. Você deixa eu gozar com o meu vibrador?
 — ela devolve.

MEU DEUS!

E veio a terceira blasfêmia e, provavelmente, a minha condenação definitiva aos subterrâneos do Inferno.

Pedi uma alcova por uma hora. Subimos.

Enquanto escalávamos as escadas do sobrado, a menina comemora…

— Ai, acho que estou bêbada, amor – ri.

Quase me ajoelhei e agradeci a Agronopólos, o protetor dos libertinos da terceira idade, pela graça concedida.

Jade me conduz a uma cabine e pede que eu a aguarde. Um minuto se passa e ela retorna nua, completamente nua, absolutamente nua, totalmente demais. Babei no lençol.

A garota me beija, depois mergulho nos seios dela e fico ali mamando por vários minutos. Há quanto tempo em não mamava seios tão jovens, tão durinhos, de uma novinha sem filhos. Delícia é pouco.

Ela puxa um vibrador da bolsa, coloca sobre o clitóris e pede que eu a beije mais. Eu beijo, beijo mais, beijo muito. Ela geme, me oferece novamente os seus seios, eu mamo como um recém-nascido faminto. Continua gemendo baixinho, avisa que irá gozar. Goza. Perdição…

Se recupera do orgasmo e me pergunta se quero pegá-la de quatro. Eu quero, eu quero. Ela se ajeita e encurva-se mirando a bunda para o teto. Vem — ela me ordena. Fui. Se pudesse, jamais voltaria.

Meti meu combalido pênis naquela vagina jovial e apertada. Começo a estocar, Jade geme e rebola. Aumento o ritmo e a força. A garota parece querer mais forte, eu tento. Um filete de suor começa a escorrer da minha testa. De repente, gemendo, a menina lança um desafio…

— Você come o meu cu?

Já dizia o blasfemo Marquês de Sade: o cu é o altar.

Fiquei tão excitado com o tom inocente que ela usou na pergunta que tirei meu pau de dentro, arranquei a camisinha e jorrei os meus condenados espermas para todos os lados, num jato que deve ter alcançado o espaço sideral. Despenquei arfando no colchão, respirando ácaros que deviam estar ali desde a pré-história.

O som de “Bad Romance” que reverberava da boate servia de consolo ao meu nocaute…

BAD ROMANCE

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